Mundo
Governo espanhol em remodelações depois de derrota nas eleições na Estremadura
O primeiro-ministro espanhol começou a semana a fazer algumas alterações no Governo, substituindo a ministra da Educação e porta-voz do Governo.
No rescaldo de uma derrota eleitoral histórica na região da Extremadura para o partido de Pedro Sánchez, o chefe do Governo espanhol decidiu fazer algumas remodelações no executivo. Apesar da vitória da direita e da extrema-direita, o primeiro-ministro garantiu ter energia e vontade para concluir a legislatura.
Numa declaração ao país esta segunda-feira de manhã, Sánchez anunciou a saída da ministra da Educação e Desporto, Pilar Alegría, para se concentrar na candidatura às eleições regionais de Aragão, em fevereiro. A governante era também a porta-voz do Governo.
O primeiro-ministro nomeou para a substituir no Ministério a geógrafa e historiadora Milagros Tolón Jaime, antiga presidente da Câmara de Toledo e, até agora, delegada do Governo na região de Castela-La Mancha. E no cargo de porta-voz do Executivo fica atual ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações, Elma Saez.
"O Governo de coligação progressista encara esta etapa com entusiasmo, energia renovada e um renovado sentido de propósito, determinado a defender cada iniciativa com vontade de dialogar e com humildade", declarou Pedro Sánchez no Palácio de Moncloa, em Madrid.
Sem mencionar os resultados desastrosos para o próprio partido, Sánchez acrescentou estar "pronto para lutar pela aprovação de todas as iniciativas" e com a "certeza de ter as melhores pessoas na equipa".
Governo mantém-se apesar de crises
Declaração que se segue a uma derrota eleitoral histórica do PSOE, no domingo, na Extremadura - região considerada um feudo socialista, que o partido governou em nove das 11 legislaturas autonómicas (sete delas com maioria absoluta) e em que só numas das eleições (as de 2011) não tinha sido o mais votado – e numa altura em que o Governo tem sido abalado, nos últimos meses, por inúmeros escândalos e investigações judiciais que visam várias pessoas próximas do líder socialista.
Na reta final do mandato, o socialista mantém a intenção de permanecer até 2027 apesar de os parceiros de coligação expressarem dúvidas. O primeiro-ministro aproveitou para destacar as conquistas económicas do Governo, como os quase 22 milhões de pessoas que agora contribuem para a Previdência Social, reflexo da criação de empregos, e o facto de as pensões contributivas irem aumentar em 2,7 por cento em 2026.
No domingo, o Partido Popular de Espanha (PP, direita) venceu as eleições antecipadas na Extremadura, enquanto os socialistas tiveram o pior resultado de sempre nesta autonomia e a extrema-direita (Vox) duplicou votos.
As eleições na Extremadura marcam o início do novo ciclo eleitoral em Espanha e a estas autonómicas seguir-se-ão outras em fevereiro de 2026 em Aragão, em março em Castela e Leão e em junho na Andaluzia; eleições municipais e regionais na maioria das regiões em maio de 2027; e, por fim, legislativas nacionais em julho do mesmo ano.
Além desta derrota eleitoral, o Governo espanhol, o próprio Sánchez e o Partido Socialista (PSOE) enfrentam um momento de crise e especial fragilidade, com dirigentes do partido, incluindo um ex-ministro, e familiares do primeiro-ministro envolvidos em suspeitas de corrupção e outros casos judiciais, assim como acusações de assédio sexual.
Na semana passada, o partido Somar, de esquerda, que está na coligação de Governo liderada pelos socialistas, pediu mesmo ao primeiro-ministro para fazer uma "remodelação radical, de cima a baixo", do executivo, falando em "deterioração maiúscula" e "situação muito complicada".
"Assim não é possível continuar", disse a ministra do Trabalho e dirigente do Somar, Yolanda Díaz.
Sánchez, que já pediu desculpa por diversas vezes nos últimos meses pelos casos de corrupção que envolvem ex-dirigentes socialistas e assumiu erros na gestão das queixas de assédio sexual que chegaram ao PSOE, tem recusado atender ao pedido do parceiro de coligação e hoje anunciou apenas a substituição de uma ministra.
Numa declaração ao país esta segunda-feira de manhã, Sánchez anunciou a saída da ministra da Educação e Desporto, Pilar Alegría, para se concentrar na candidatura às eleições regionais de Aragão, em fevereiro. A governante era também a porta-voz do Governo.
O primeiro-ministro nomeou para a substituir no Ministério a geógrafa e historiadora Milagros Tolón Jaime, antiga presidente da Câmara de Toledo e, até agora, delegada do Governo na região de Castela-La Mancha. E no cargo de porta-voz do Executivo fica atual ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações, Elma Saez.
"O Governo de coligação progressista encara esta etapa com entusiasmo, energia renovada e um renovado sentido de propósito, determinado a defender cada iniciativa com vontade de dialogar e com humildade", declarou Pedro Sánchez no Palácio de Moncloa, em Madrid.
Sem mencionar os resultados desastrosos para o próprio partido, Sánchez acrescentou estar "pronto para lutar pela aprovação de todas as iniciativas" e com a "certeza de ter as melhores pessoas na equipa".
Governo mantém-se apesar de crises
Declaração que se segue a uma derrota eleitoral histórica do PSOE, no domingo, na Extremadura - região considerada um feudo socialista, que o partido governou em nove das 11 legislaturas autonómicas (sete delas com maioria absoluta) e em que só numas das eleições (as de 2011) não tinha sido o mais votado – e numa altura em que o Governo tem sido abalado, nos últimos meses, por inúmeros escândalos e investigações judiciais que visam várias pessoas próximas do líder socialista.
Na reta final do mandato, o socialista mantém a intenção de permanecer até 2027 apesar de os parceiros de coligação expressarem dúvidas. O primeiro-ministro aproveitou para destacar as conquistas económicas do Governo, como os quase 22 milhões de pessoas que agora contribuem para a Previdência Social, reflexo da criação de empregos, e o facto de as pensões contributivas irem aumentar em 2,7 por cento em 2026.
No domingo, o Partido Popular de Espanha (PP, direita) venceu as eleições antecipadas na Extremadura, enquanto os socialistas tiveram o pior resultado de sempre nesta autonomia e a extrema-direita (Vox) duplicou votos.
As eleições na Extremadura marcam o início do novo ciclo eleitoral em Espanha e a estas autonómicas seguir-se-ão outras em fevereiro de 2026 em Aragão, em março em Castela e Leão e em junho na Andaluzia; eleições municipais e regionais na maioria das regiões em maio de 2027; e, por fim, legislativas nacionais em julho do mesmo ano.
Além desta derrota eleitoral, o Governo espanhol, o próprio Sánchez e o Partido Socialista (PSOE) enfrentam um momento de crise e especial fragilidade, com dirigentes do partido, incluindo um ex-ministro, e familiares do primeiro-ministro envolvidos em suspeitas de corrupção e outros casos judiciais, assim como acusações de assédio sexual.
Na semana passada, o partido Somar, de esquerda, que está na coligação de Governo liderada pelos socialistas, pediu mesmo ao primeiro-ministro para fazer uma "remodelação radical, de cima a baixo", do executivo, falando em "deterioração maiúscula" e "situação muito complicada".
"Assim não é possível continuar", disse a ministra do Trabalho e dirigente do Somar, Yolanda Díaz.
Sánchez, que já pediu desculpa por diversas vezes nos últimos meses pelos casos de corrupção que envolvem ex-dirigentes socialistas e assumiu erros na gestão das queixas de assédio sexual que chegaram ao PSOE, tem recusado atender ao pedido do parceiro de coligação e hoje anunciou apenas a substituição de uma ministra.